CTFL: O que é, sua importância e como me preparei para a certificação.
Embora certificações não sejam a única forma de demonstrar conhecimento (experiência prática também é essencial), elas representam um investimento significativo na carreira e podem ser decisivas para abrir portas e fortalecer a confiança do mercado no profissional. Apesar de não serem obrigatórias, as certificações, especialmente no âmbito da tecnologia, servem como uma validação padronizada de que um profissional possui o conhecimento necessário em uma determinada área, por exemplo, para gerentes de projetos é recomendado a certificação PMP, já para analistas de segurança, a CISSP.
Na área de testes, temos a CTFL(Certified Tester Foundation Level). Ela é uma certificação base e corresponde ao primeiro nível, de três, do ISTQB (International Software Testing Qualifications Board); os próximos níveis serão o Advanced e o Expert. Basicamente, essa certificação garantirá que o profissional que a possui tenha todo o conhecimento teórico necessário para realizar testes e verificar a qualidade de algum software.
A ISTQB conta com parceiros em diversos países para aplicação de exames e emissão de certificados. No Brasil, essa função é desempenhada pelo BSTQB (Brazilian Software Testing Qualification Board), que oferece os exames em várias cidades, realiza a tradução dos materiais oficiais da ISTQB e promove a divulgação de boas práticas de teste de software.
Esse ano tive a experiência de realizar a prova e quero trazer nesse artigo um pouco do meu processo. Essa já era uma meta minha mas que não saía do papel, até ver a experiência de outros colegas na área falando sobre a importância da certificação.
Comecei meus estudos quase dois meses antes até me sentir confiante o suficiente para fazer a prova. Criei uma rotina, literalmente um passo a passo do que precisava fazer no meu dia-a-dia, horários de trabalho, de estudo, para leitura e hábitos pessoais. Estudei por cursos e principalmente pelo Syllabus, que descreve de maneira sucinta todos os conhecimentos que você deve possuir para passar no exame. Esse documento explica desde os fundamentos de teste até ferramentas usadas para apoiar o dia-a-dia dos testadores, porém, o estudo pelo Syllabus é bem massivo e por isso tive que dinamizar o meu cronograma de estudos variando entre videoaulas, leitura e resolução de questões.
A própria ISTQB também oferece simulados baseados em uma estrutura similar da prova; que conta com 40 questões de múltipla escolha para serem respondidas em um tempo máximo de 1 hora. Nos casos dos simulados, estabeleci um número mínimo diário para resolver questões, como estava desacostumada a esse processo fui aumentando gradualmente o número de questões de acordo com a semana; primeiro 10 por dia + correção do simulado, depois 20, 30, até chegar a resolver e corrigir o simulado inteiro.
Depois de sentir confiança no material e agendar a data para a realização da prova, fiz o exame de forma presencial (porém no computador e não em papel) em um centro credenciado da minha cidade, já que os instrutores ofertados para a prova online não falavam português (estudem inglês, crianças!). Fiquei super nervosa na hora da prova principalmente porque o exame conta com muitas “pegadinhas”, uma palavrinha errada e você perde toda a questão. Além disso, é preciso ter cuidado com o tempo para resolver cada uma delas, o que para mim foi a parte mais difícil, cheguei nos 5 minutos finais faltando 5 itens e tive que improvisar. Então aqui vai um conselho: na prova, você pode escolher marcar questões que deseja responder por último, então priorize responder questões mais simples primeiro e depois as mais complexas. Por exemplo, as questões sobre técnicas de teste (análise de valor limite, particionamento e tabela de decisão) tomam muito tempo de prova, enquanto as questões de glossário, são bem mais diretas.
Recebi o resultado algumas horas depois da realização do exame e até receber o e-mail com minha pontuação foi de pura ansiedade. No final das contas, é preciso acertar, pelo menos, 65% delas e todo esforço valeu a pena; fui aprovada com 85% de aproveitamento.
Para quem deseja fazer a CTFL, aí vai meu conselho: ESTUDA E VAI! É uma experiência muito boa que agrega muito na sua bagagem profissional. E um ponto importante para quem deseja ingressar no mercado internacional é que a CTFL é válida e reconhecida em todos os países.
Quem tiver dúvidas, questionamentos sobre a prova ou quiser uma troca mais direta, me chamem no Linkedin e lembrem-se “sucesso é o acúmulo de pequenos esforços, repetidos dia e noite” (Robert Collier).
Referências bibliográficas:
https://www.zendesk.com.br/blog/certificacao-ctfl/
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